Mateus 18:6 “Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes
pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço
uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar”.
-
Hoje nosso recado é, primeiramente, para aqueles que pregam, que ministram a
Palavra de Deus como “guias” (Hebreus 13:7, 17, 24) mas, evidentemente, para
todo crente em Jesus Cristo dada a responsabilidade que cada um de nós tem para
com a anunciação das virtudes de Jesus Cristo (1ª Pedro 2:9); até porque, o
mundo todo fia-se, a bem ou a mal, no testemunho que temos para lhe dar
(Hebreus 12:1).
-
No passado Jesus já havia condenado a hipocrisia dos religiosos de seus dias
dado o fato de exigirem da parte do povo algo que eles mesmos não estavam nem
um pouco dispostos a fazer (Mateus 23). Estilo de vida em nada parecido com o
do Mestre enquanto esteve entre nós, até porque, tudo quanto Jesus nos
determinou que fizéssemos, Ele fez primeiro.
-
Assustadora, atualmente, tem sido enxurrada de notícias a cerca das quedas de
religiosos cristãos no nosso meio. Seja ocorrido entre pessoas famosas, da
mídia, ou entre anônimos a cerca dos quais tomamos conhecimento em virtude da
grande proximidade que têm de nós. E seja em meio aos famosos ou em meio aos
anônimos, o estrago é sempre o mesmo, ou seja, o de abrir-se precedente para
que outros cristãos entendam que estejam recebendo um “cartão de isenção” ao
pecado para que possam proceder da mesma maneira.
-
Pior ainda vai sendo o testemunho dado aos chamados “de fora” da Igreja.
Exatamente aqueles que espera-se que se convertam a Cristo em virtude dos BONS
exemplos dados pelos religiosos que já existem. Entre eles, estão os “pequeninos” do Senhor aos quais Ele se
referia no texto citado a cima, na chamada para este artigo (Mateus 18:6).
-
Quem já viu uma criancinha pequena aprendendo a dar seus primeiros passos sabe
da facilidade que é para que ela tropece (escorregue) e caia. São pequeninos,
sem tato nas perninhas, sem habilidade e firmeza nas pernas e a suficiente
agilidade para se esquivarem dos perigos do caminho. Imagine colocar uma
criancinha para andar em um piso totalmente irregular, com pedras, paus,
buracos, escorregadio e outras coisas e situações que facilitem seus tropeços e
consequentes quedas...
-
Em se tratando de coisas espirituais, a situação é exatamente a mesma. Jesus
sempre foi craque em exemplificar coisas espirituais por meio de situações
vivenciais corriqueiras de nosso dia a dia, como o serviço do semeador, o
destino das sementes semeadas, a vida do pescador, do agricultor, do que
colhe... sempre nos ensinando como se dão também as coisas espirituais. E aqui
não é diferente, quando Ele trata do “tropeço”
ou do “fazer tropeçar”.
-
Compare-se “os pequeninos” do Senhor,
pequeninos na fé (novos), recém nascidos espiritualmente, com nossos bebês.
Assim como a criança tem dificuldade para começar a andar, os novos na fé
também não têm facilidade alguma para começar em seus primeiros passos a seguir
Jesus. Logo, qualquer irregularidade no piso, qualquer pedrinha no caminho,
casca de banana (ou qualquer outro objeto escorregadio) pode bem fazer com que
o pequenino tropece e, caia.
-
Daí, note-se o tamanho da responsabilidade do adulto. Assim como não adianta
ele colocar a culpa da queda da criança na própria criança, mas sim no seu
descuido ou irresponsabilidade, o mesmo se dá para com o novo na fé, aquele que
está dando ouvidos às Palavras do Evangelho. Não adianta o crente velho e
experimentado colocar a culpa de uma eventual queda no próprio “pequenino”. Nós, maduros na fé, temos
real responsabilidade sobre a vida e segurança dos novos. Que dirá, ainda, se a
queda do novato se der exatamente em virtude de um tropeço provocado pelo
crente?
- E é exatamente aí que a porca
torce o rabo. Como dito pelo Mestre “a seus discípulos: É
inevitável que venham escândalos, mas
ai do homem pelo qual eles vêm! Melhor fora que se lhe pendurasse ao
pescoço uma pedra de moinho, e fosse atirado no mar, do que fazer tropeçar a um
destes pequeninos” (grifo nosso). O agravante aqui, agora, é a expressão “ai”,
ou “maldito o que”...
- Não que aquele que
veio a cair tenha uma justificativa, longe disso. Mas, aquele que tem provocado
as quedas tem sobre si um edito de maldição. Não confundam com o fato de Deus
estar amaldiçoando a quem quer que seja também, porque desde o Éden, essa não é
prática comum a Deus. Antes, tem-se feito maldito o próprio indivíduo que por
suas práticas pecaminosas tem feito tropeçar a outrem.
- Pastores, padres,
diáconos, evangelistas, presbíteros, missionários, “apóstolos” & CIA Ltda, por
atacado, têm se envolvido nas mais variadas modalidades pecaminosas, desde a
velha e surrada avareza e sórdida ganância, passando pelo hábito da mentira, da
violência e muitos, mas muitos relatos de queda em virtude de desvios de ordem
sexual.
- Exatamente de onde
se esperava o exemplo positivo (2ª Tessalonicenses 3:9) é que mais tem vindo os
exemplos a serem evitados.
- Assim, conclamamos
os homens e mulheres a se fiarem nos bons exemplos, a que não tenham olhos para
os que têm procedido mau, tendo por exemplo a ser imitado o de Jesus Cristo e
daqueles que agem tendo ao Mestre como modelo perfeito. E, aos crentes, para
que vigiem suas ações, suas vidas, examinando-se a si mesmos, e sabendo do
tamanho da responsabilidade que há sobre nós; o de zelar pela firmeza dos
passos dos “pequeninos” na fé,
zelando e muito, para que não tropecem, não caiam, sendo hábeis para lhes avisar
quanto aos perigos naturais. Que dirá então, vigiando ainda mais então para que
nós mesmos não venhamos a ser o motivo de tropeço de alguém, cuidando muito no
que falamos e, ainda, no que fazemos, sabendo que somos uma vitrine viva e
muitíssimo vigiada por todos os que estão à nossa volta, tanto para sermos
motivo de bênção, louvor da parte dos que por nós sejam guiados à Verdade e, de
modo algum, sendo os que ensinem o caminho da perdição.
- Paz a todos
Janeiro
de 2014, by
Pr.
Walter
PAZ. QUE DEUS CONTINUE ABENÇOANDO VOCÊ E SUA FAMÍLIA, EM NOME DO SENHOR JESUS. AMÉM.
ResponderExcluirAmém Nethy. Obrigado...
Excluir