terça-feira, 21 de janeiro de 2014

NÃO SEJAIS MOTIVO DE TROPEÇO PARA NINGUÉM

Mateus 18:6  “Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar”.
- Hoje nosso recado é, primeiramente, para aqueles que pregam, que ministram a Palavra de Deus como “guias” (Hebreus 13:7, 17, 24) mas, evidentemente, para todo crente em Jesus Cristo dada a responsabilidade que cada um de nós tem para com a anunciação das virtudes de Jesus Cristo (1ª Pedro 2:9); até porque, o mundo todo fia-se, a bem ou a mal, no testemunho que temos para lhe dar (Hebreus 12:1).
- No passado Jesus já havia condenado a hipocrisia dos religiosos de seus dias dado o fato de exigirem da parte do povo algo que eles mesmos não estavam nem um pouco dispostos a fazer (Mateus 23). Estilo de vida em nada parecido com o do Mestre enquanto esteve entre nós, até porque, tudo quanto Jesus nos determinou que fizéssemos, Ele fez primeiro.
- Assustadora, atualmente, tem sido enxurrada de notícias a cerca das quedas de religiosos cristãos no nosso meio. Seja ocorrido entre pessoas famosas, da mídia, ou entre anônimos a cerca dos quais tomamos conhecimento em virtude da grande proximidade que têm de nós. E seja em meio aos famosos ou em meio aos anônimos, o estrago é sempre o mesmo, ou seja, o de abrir-se precedente para que outros cristãos entendam que estejam recebendo um “cartão de isenção” ao pecado para que possam proceder da mesma maneira.
- Pior ainda vai sendo o testemunho dado aos chamados “de fora” da Igreja. Exatamente aqueles que espera-se que se convertam a Cristo em virtude dos BONS exemplos dados pelos religiosos que já existem. Entre eles, estão os “pequeninos” do Senhor aos quais Ele se referia no texto citado a cima, na chamada para este artigo (Mateus 18:6).
- Quem já viu uma criancinha pequena aprendendo a dar seus primeiros passos sabe da facilidade que é para que ela tropece (escorregue) e caia. São pequeninos, sem tato nas perninhas, sem habilidade e firmeza nas pernas e a suficiente agilidade para se esquivarem dos perigos do caminho. Imagine colocar uma criancinha para andar em um piso totalmente irregular, com pedras, paus, buracos, escorregadio e outras coisas e situações que facilitem seus tropeços e consequentes quedas...
- Em se tratando de coisas espirituais, a situação é exatamente a mesma. Jesus sempre foi craque em exemplificar coisas espirituais por meio de situações vivenciais corriqueiras de nosso dia a dia, como o serviço do semeador, o destino das sementes semeadas, a vida do pescador, do agricultor, do que colhe... sempre nos ensinando como se dão também as coisas espirituais. E aqui não é diferente, quando Ele trata do “tropeço” ou do “fazer tropeçar”.
- Compare-se “os pequeninos” do Senhor, pequeninos na fé (novos), recém nascidos espiritualmente, com nossos bebês. Assim como a criança tem dificuldade para começar a andar, os novos na fé também não têm facilidade alguma para começar em seus primeiros passos a seguir Jesus. Logo, qualquer irregularidade no piso, qualquer pedrinha no caminho, casca de banana (ou qualquer outro objeto escorregadio) pode bem fazer com que o pequenino tropece e, caia.
- Daí, note-se o tamanho da responsabilidade do adulto. Assim como não adianta ele colocar a culpa da queda da criança na própria criança, mas sim no seu descuido ou irresponsabilidade, o mesmo se dá para com o novo na fé, aquele que está dando ouvidos às Palavras do Evangelho. Não adianta o crente velho e experimentado colocar a culpa de uma eventual queda no próprio “pequenino”. Nós, maduros na fé, temos real responsabilidade sobre a vida e segurança dos novos. Que dirá, ainda, se a queda do novato se der exatamente em virtude de um tropeço provocado pelo crente?
- E é exatamente aí que a porca torce o rabo. Como dito pelo Mestre “a seus discípulos: É inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual eles vêm! Melhor fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e fosse atirado no mar, do que fazer tropeçar a um destes pequeninos” (grifo nosso). O agravante aqui, agora, é a expressão “ai”, ou “maldito o que”...
- Não que aquele que veio a cair tenha uma justificativa, longe disso. Mas, aquele que tem provocado as quedas tem sobre si um edito de maldição. Não confundam com o fato de Deus estar amaldiçoando a quem quer que seja também, porque desde o Éden, essa não é prática comum a Deus. Antes, tem-se feito maldito o próprio indivíduo que por suas práticas pecaminosas tem feito tropeçar a outrem.
- Pastores, padres, diáconos, evangelistas, presbíteros, missionários, “apóstolos” & CIA Ltda, por atacado, têm se envolvido nas mais variadas modalidades pecaminosas, desde a velha e surrada avareza e sórdida ganância, passando pelo hábito da mentira, da violência e muitos, mas muitos relatos de queda em virtude de desvios de ordem sexual.
- Exatamente de onde se esperava o exemplo positivo (2ª Tessalonicenses 3:9) é que mais tem vindo os exemplos a serem evitados.
- Assim, conclamamos os homens e mulheres a se fiarem nos bons exemplos, a que não tenham olhos para os que têm procedido mau, tendo por exemplo a ser imitado o de Jesus Cristo e daqueles que agem tendo ao Mestre como modelo perfeito. E, aos crentes, para que vigiem suas ações, suas vidas, examinando-se a si mesmos, e sabendo do tamanho da responsabilidade que há sobre nós; o de zelar pela firmeza dos passos dos “pequeninos” na fé, zelando e muito, para que não tropecem, não caiam, sendo hábeis para lhes avisar quanto aos perigos naturais. Que dirá então, vigiando ainda mais então para que nós mesmos não venhamos a ser o motivo de tropeço de alguém, cuidando muito no que falamos e, ainda, no que fazemos, sabendo que somos uma vitrine viva e muitíssimo vigiada por todos os que estão à nossa volta, tanto para sermos motivo de bênção, louvor da parte dos que por nós sejam guiados à Verdade e, de modo algum, sendo os que ensinem o caminho da perdição.
- Paz a todos

Janeiro de 2014, by
Pr. Walter


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